Gilberto Waller Júnior, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), confirmou nesta segunda-feira (5), plano de ressarcimento dos valores debitados irregularmente após constatação de fraude, segundo Weller o plano entrará em vigor até a próxima semana.
Em entrevista à Globo News o presidente do INSS afirmou que o chefe do executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu agilidade na devolução do pagamento às vítimas da fraude.
“Pela pressa que o presidente nos deu, creio que todo o plano pode sair nesta ou na próxima semana” disse Waller.
“O presidente da República determinou [que fosse feito] o mais rápido possível. Agora, estamos em fase interna na Casa Civil. Tão logo seja aprovado, seja concordado, seja fechado — temos outros atores para discutir, como Supremo, CNJ [Conselho Nacional de Justiça], DPU [Defensoria Pública da União], Ministério Público Federal —, começaremos [o programa] o mais rápido" disse Waller em entrevista.
De acordo com Waller, o recurso para devolução dos valores sairá prioritariamente das entidades investigadas —
“Prioritariamente vamos buscar de quem se enriqueceu. Depois, se o dinheiro não for suficiente para poder arcar com essa questão, daí vamos buscar outras fontes para poder cobrir essa situação encontrada agora, infelizmente, dentro do INSS."
As investigações apontam que as entidades sindicais que oferecem serviços aos aposentados cadastravam pessoas sem o consentimento e descontavam às mensalidades dos beneficiários pagos pelo INSS.
Estima-se que 4,1 milhões de beneficiários podem ter sido vítimas e que o prejuízo pode chegar a 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.
Gilberto Waller Júnior, esclareceu que apenas aposentados e pensionistas com benefícios permanentes tiveram descontos nos pagamentos, pessoas afastadas por auxílio doença não tiveram benefícios descontados.