INVESTIGAÇÃO

Fisiculturista que matou vendedora morre enquanto cumpria pena

Wenderson Rodrigues estava preso desde março pelo assassinato de Carla Gobbi; causa da morte será investigada

 

O fisiculturista Wenderson Rodrigues de Souza, condenado pelo assassinato da vendedora Carla Gobbi Fabrete, morreu neste domingo, 30, enquanto cumpria pena no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha, no Espírito Santo. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS), ele passou mal dentro da cela e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

De acordo com o órgão, agentes penitenciários foram acionados pelos colegas de cela de Wenderson, que relataram o mal-estar do detento. Ele recebeu atendimento emergencial e foi levado para a Unidade de Saúde do Sistema Prisional (USSP), mas não apresentava sinais vitais ao chegar. As circunstâncias da morte ainda estão sob análise das autoridades.

Carla Gobbi, de 25 anos, foi assassinada dentro da loja onde trabalhava, no bairro Glória, em Vila Velha, no dia 10 de março. Câmeras de segurança registraram Wenderson levando a vítima até os fundos do estabelecimento, onde a atacou com golpes de faca no pescoço. Carla chegou a ser socorrida, mas faleceu no hospital no dia seguinte.

O crime chocou a todos, pois não havia indícios de qualquer vínculo entre o agressor e a vítima. Wenderson foi preso logo após o ataque, ainda nas proximidades do local, e apresentava ferimentos autoinfligidos com a mesma arma usada no assassinato. Ele foi enquadrado por feminicídio e encaminhado à detenção provisória.

Conhecido na região por vender doces vestido de Homem-Aranha, Wenderson também se apresentava nas redes sociais como técnico em enfermagem, coach e fisiculturista. Ele chegou a ser bicampeão estadual no esporte, mas, em 2016, enfrentou problemas com álcool e drogas, culminando em uma prisão por tentativa de assalto.

Após cumprir três meses de pena, ele afirmou ter se convertido ao cristianismo e passou a atuar como vendedor ambulante para custear seus estudos. No entanto, sua trajetória foi interrompida com o feminicídio de Carla, um crime que gerou forte repercussão e indignação popular.

As autoridades ainda não divulgaram o laudo oficial sobre a morte do detento.

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