Lei nº 10.820/2024

Continuam os protestos feitos por indígenas na sede Seduc em Belém

Protesto busca manutenção das aulas presenciais

 

Desde 14 de janeiro, cerca de 100 indígenas de diversas regiões do Pará ocupam a sede da Secretaria de Educação (Seduc), em Belém, em protesto contra a Lei nº 10.820/2024, que substitui aulas presenciais por ensino à distância em aldeias e comunidades quilombolas remotas. Os manifestantes argumentam que a medida prejudica o acesso à educação de qualidade em áreas com infraestrutura precária de internet e energia.

O movimento ganhou reforço de professores da rede estadual, que também ocupam parte do prédio. Diferente de paralisações anteriores, as atividades administrativas da secretaria não foram interrompidas.

Lei nº 10.820/2024

O alvo dos protestos é a lei nº 10.820/2024, que foi enviada em dezembro do ano passado pelo governo do estado para a Assembleia Legislativa do Pará. O projeto tem o intuito de atualizar o Estatuto do Magistério do Pará.

O projeto foi enviado à Alepa em 16 de dezembro de 2024 e, no dia 18 do mesmo mês, foi aprovado, mesmo após um protesto feito por professores no determinado dia.

A lei vai impactar os estudantes indígenas que devem ter que sair das aldeias por conta de que o projeto tem como ideia trocar as aulas presenciais por online, em aldeias e quilombos muito distantes.

Com a troca de ensino presencial para online, professores também vão ser prejudicados em seus pagamentos de horas trabalhadas. O texto também termina com a progressão de carreira para os professores que se especializam, com pós-graduação e doutorado.

Reunião

Na última terça-feira, 28, foi realizada uma reunião entre 40 indígenas e o governador do Estado, Helder Barbalho.

As lideranças querem a revogação imediata da lei 10.820/24 e o desligamento imediato de Rossieli Soares.

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