Nos dias 16 e 17 de maio, a capital paulista recebeu o evento CryptoRave 2025, foram 24 horas, com diversas atividades sobre segurança, criptografia, hacking, anonimato, privacidade e liberdade na rede. Além disso, um dos tópicos discutidos foram as tecnologias usadas por Israel durante o conflito contra a Palestina.
Durante a palestra "Condições Sociotécnicas do Genocídio Palestino", conduzida pelo doutor em história Walter Lippold e o docente Deivison Faustino, da Universidade de São Paulo (USP). Lippold defendeu a rotulação das bigs techs, ou seja, as gigantes da tecnologia, como "necrocorporações" nesse contexto, de acordo com a Agência Brasil.
O pesquisador ainda destacou que o genocídio coloca um alvo no povo palestino e ressaltou que o conflito também tem tirado a vida de jornalistas e profissionais que atuam em equipes de ajuda humanitária. O pesquisador observou que o sentimento de horror e pavor vai sendo suscetível não somente por "pilhas de cadáveres" pelas ruas, mas pelo rastreio constante das vítimas.
De acordo com o historiador, a dronificação da guerra e o vigilantismo digital atualmente são algumas particularidades do que acontece nos ataques feitos por Israel no conflito contra a Palestina.
Um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas(ONU) analisou dados de novembro de 2023 a abril de 2024. Cerca de 70% das vítimas mortas em Gaza eram crianças e mulheres e 80% delas estavam em edifícios residenciais no momento em que foram mortas.
Israel
De acordo com a Agência Brasil, durante um discurso no Congresso dos EUA, em julho de 2024, o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Neranyahu afirmou que a acusação de genocídio visa "deslegitimar Israel, demonizar o Estado judeu e demonizar os judeus em todos os lugares". Na ocasião, Israel apresentou mais de 30 documentos, incluindo resumos de reuniões de gabinete, para tentar demonstrar que tomou medidas para reforçar a ajuda humanitária e o apoio médico aos civis palestinos nos primeiros meses de guerra.