Bolsonaro

Moraes nega pedido de defesa de Bolsonaro

Ex-presidente tentava adiar depoimento na ação sobre trama golpista

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes negou mais um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para suspender a tramitação da ação penal sobre a trama golpista que teria atuado para mantê-lo no poder após a derrota eleitoral.  

A defesa do ex-chefe do Executivo visava adiar o interrogatório de oito réus no caso, incluindo o próprio ex-presidente, para que pudessem fazer perguntas às testemunhas que devem ser ouvidas em outros núcleos de réus pela trama golpista, que são processados em diferentes ações penais.  

Os Advogados afirmaram que não tiveram tempo suficiente para acessar a imensa quantidade de material que foi coletado pela Polícia Federal (PF) e anexado à ação em 14 de maio.  

Com fim da fase das oitivas das testemunhas na primeira ação penal sobre a trama, Moraes marcou o início do interrogatório dos réus para a próxima segunda (9).  

“Não há justificativa legal, nem tampouco razoabilidade, em se suspender a realização dos interrogatórios da presente ação penal para aguardar a oitiva de testemunhas arroladas em outras ações penais e que jamais foram consideradas necessárias, pertinentes e importantes pela defesa de Jair Messias Bolsonaro”, escreveu o ministro.  

Núcleo 1 

Os oito réus compõem o chamado núcleo crucial do golpe - o núcleo 1 - e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles: 

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; 

  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022; 

  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; 

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); 

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; 

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; 

  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa; 

  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

 

*Com informações da Agência Brasil 

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