O Google Maps anunciou que passará a exibir o nome "Golfo da América" no lugar de "Golfo do México" para usuários que acessarem a plataforma a partir dos Estados Unidos. A alteração segue uma ordem executiva emitida pelo governo americano, que oficializou o novo nome para a região.
A empresa explicou que a mudança será aplicada somente em países onde o nome oficial foi alterado. Em nações que mantiverem a designação "Golfo do México", ambos os nomes aparecerão simultaneamente na plataforma.
Em uma publicação na rede social X, o Google esclareceu que seu sistema de nomenclatura segue fontes oficiais.
“Adotamos mudanças de nomes quando elas são atualizadas em bancos de dados governamentais, como o Sistema de Informação de Nomes Geográficos (GNIS) nos EUA”, informou a empresa.
Essa prática também foi usada em casos como o do Monte McKinley, que teve seu nome revertido para Denali durante o governo Obama, mas retornou à nomenclatura original por decisão de Donald Trump.
A alteração foi oficializada por meio de um decreto assinado pelo ex-presidente Donald Trump no dia de sua posse, em janeiro. Trump justificou a decisão alegando que o nome "Golfo da América" reflete melhor a importância histórica e econômica da região para os Estados Unidos.
No México, a presidente Claudia Scheinbaum minimizou a mudança, destacando que ela se aplica apenas ao território americano. “Para nós e para o resto do mundo, continuará sendo o Golfo do México”, declarou.
Especialistas destacam que a decisão tem mais impacto simbólico do que prático, mas pode gerar debates sobre identidade cultural e geopolítica na região.
O Golfo do México é o maior do mundo, com uma área de 1,55 milhão de km², banhando também o México e Cuba. Além de sua importância geográfica, a região é rica em petróleo e um ponto estratégico para o comércio internacional.
A alteração reforça a tendência do governo americano de adotar nomenclaturas que privilegiam aspectos históricos e culturais locais, muitas vezes gerando polêmica em âmbito internacional.