A Rússia lançou mais um ataque em larga escala contra a região de Odessa, no sul da Ucrânia, mirando instalações energéticas essenciais. O bombardeio, ocorrido na madrugada desta quinta-feira, 20, afetou a empresa privada DTEK, que alertou para os impactos na distribuição de eletricidade.
A nova ofensiva acontece dois dias depois de outro ataque russo ter deixado cerca de 160 mil pessoas sem energia e aquecimento na região, conforme relatado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Mesmo após reparos emergenciais, aproximadamente 50 mil moradores ainda seguem sem abastecimento.
“A Rússia mantém sua estratégia de terror contra o setor energético pelo segundo dia seguido”, declarou a DTEK em comunicado oficial. A empresa informou que os reparos só poderão começar assim que os militares e os serviços de emergência garantirem a segurança das instalações.
Enquanto os ataques se intensificam, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou recentemente que Moscou não coloca em risco o sistema energético civil da Ucrânia. No entanto, os constantes bombardeios contradizem essa declaração e reforçam o desgaste da infraestrutura do país vizinho.
Além dos ataques, o general Sergey Rudskoy, vice-chefe do Estado-Maior da Marinha russa, afirmou que a Ucrânia já perdeu mais de 1 milhão de soldados desde o início do conflito, que completa três anos na próxima segunda-feira (24). Ele também argumentou que o envio de armas ocidentais a Kiev apenas prolonga a guerra e resulta em mais perdas humanas.
O general declarou ainda que, ao longo do último ano, a Rússia consolidou avanços militares significativos, ocupando cerca de 4.500 km² de território ucraniano. Segundo ele, a Ucrânia já não tem capacidade de mudar o curso do conflito no campo de batalha.
Com as tropas russas avançando em diversas frentes, a crise humanitária se agrava. O governo ucraniano segue apelando para apoio internacional enquanto busca recuperar sua infraestrutura essencial e manter a resistência militar contra Moscou.
Com informações da Agência Brasil.