O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump fez a pouco um pronunciamento ao vivo em uma transmissão em sua conta oficial do ‘x’ anunciando que a liga esportiva profissional de futebol americano dos Estados Unidos será sediada em Washington, entretanto, o anúncio teve curta duração — pouco mais de 09 minutos — pois logo foi levantada a pauta em torno da decisão divulgada ontem (04), referente à nova medida que impõe tarifas de até 100% sobre a importação de filmes estrangeiros. Segundo Trump, a indústria cinematográfica está abandonada e a proposta busca resgatar a produção nacional “de onde tudo começou”. A transmissão contou com mais de 200 mil espectadores e teve duração aproximada de 25 minutos.

Com uma publicação feita no final da tarde de domingo(4) na plataforma ‘Truth Social’, Trump manifestou o interesse em impor uma tarifa para recuperar a fortuna das isenções fiscais aos estúdios de cinema e televisão que realizam gravações fora de Hollywood ou do território nacional e conta com o apoio do Departamento de Comércio e o Representante Comercial dos EUA. A crise de evasão do território americano começou durante a pandemia de COVID-19, com a paralisação nas produções devido ao período de ‘lockdown’. Após isso, os estúdios notaram dificuldades em contornar os impactos das greves de diretores, atores e roteiristas contra os grandes chefes dos estúdios, exigindo a revisão dos contratos, cortes e outros facilitadores de uso de inteligência artificial que desmoralizaram trabalhadores nas produções. Com o eminente surgimento de plataformas de streaming e o investimento de cinema nacional de outros países, a demanda de Hollywood despencou. A produção desenfreada de blockbusters se tornou mais complexa do que Hollywood parece ser capaz de lidar.

O presidente relembrou as baixas que somaram até U$ 5 milhões de dólares durante as greves em Hollywood decorrentes das paralisações na Califórnia em 2023 e destacou que ‘a indústria foi dizimada por outros países’ e também pela ‘incompetência do governo de Los Angeles’ liderado pela prefeita, Karen Bass. Afirmou ainda que não tem a intenção de ferir a indústria, e sim ajudá-la a contornar a situação de ‘abandono’.