Erro hospitalar

Bebê de 5 dias sofre coágulo no cérebro após queda de incubadora em hospital

Hospital alega que porta da incubadora abriu sozinha; caso está sob investigação interna

 

Na tarde da última terça-feira (20), uma bebê de apenas cinco dias de vida sofreu uma queda de uma incubadora na Santa Casa de Araçatuba, interior de São Paulo, resultando em uma fratura craniana e um coágulo no cérebro. O incidente ocorreu enquanto a recém-nascida, prematura de oito meses, estava internada apenas para ganhar peso, sem apresentar problemas de saúde prévios.

Segundo relato do pai, Érik Guilherme Rosa, a bebê nasceu no dia 15 de maio e necessitava apenas de uma sonda de alimentação. O hospital informou que a criança caiu sozinha pela porta do equipamento, que estaria danificado, e que nem médicos ou enfermeiros conseguiram explicar como isso ocorreu.  

Após a queda, exames indicaram um coágulo no cérebro e uma fratura na cabeça da recém-nascida. Ela foi transferida para a UTI neonatal, onde permanece internada em quadro clínico estável e evolução positiva.

Em nota enviada ao portal O Liberal, a Santa Casa de Araçatuba afirmou: 

“A Santa Casa de Araçatuba informa que instaurará uma sindicância para apurar os fatos e adotar as medidas cabíveis após a conclusão da investigação.”

Infelizmente, esse não é um caso isolado. Em Belém (PA), uma bebê prematura caiu de uma incubadora na UTI neonatal do Hospital e Maternidade Saúde da Criança após uma das travas do equipamento não ser corretamente fechada. A criança sofreu traumatismo craniano e a família alega que houve tentativa de encobrir o ocorrido.  

Em Roraima, um recém-nascido caiu de uma incubadora na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth devido à trava de segurança estar aberta. A criança sofreu uma fratura extensa no crânio.  

Esses incidentes levantam questões sobre a segurança dos equipamentos hospitalares e a responsabilidade das instituições em garantir o bem-estar dos pacientes. A falta de manutenção adequada e a negligência no uso correto dos equipamentos podem resultar em acidentes graves, especialmente em unidades de terapia intensiva neonatal, onde os pacientes são extremamente vulneráveis. 

É fundamental que hospitais realizem inspeções regulares nos equipamentos, treinem adequadamente suas equipes e adotem protocolos rigorosos para prevenir acidentes. Além disso, a transparência na comunicação com os familiares é essencial para manter a confiança na instituição e garantir que medidas corretivas sejam tomadas quando necessário.

O caso da bebê na Santa Casa de Araçatuba serve como um alerta para a importância da segurança e da responsabilidade nos cuidados hospitalares, especialmente com pacientes tão frágeis como os recém-nascidos. Espera-se que as investigações em curso resultem em melhorias nos protocolos e na prevenção de futuros incidentes semelhantes.

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