Segundo balanço feito pela prefeitura do Rio de Janeiro, os três postos médicos que foram instalados na Avenida Atlântica atenderam cerca de 795 pessoas desde as 17h de sábado (03) até as 4h de domingo (04). Os postos de atendimento foram montados pela Secretaria Municipal de Saúde. Os atendimentos foram, em sua maioria, devido ao consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
Ainda segundo a prefeitura, 73 pacientes precisaram de cuidados mais complexos, sendo transferidos para os hospitais municipais Souza Aguiar e Miguel Couto, e também para os centros de emergência regional do Leblon e da Ilha do Governador. Uma equipe de 110 profissionais, incluindo médicos e enfermeiros, atuaram no local, junto com 30 ambulâncias que estavam disponíveis nos postos. Além disso, o Corpo de Bombeiros informou que 330 operações de salvamentos de banhistas foram registrados ao longo do sábado em Copacabana. Comparando com o ano passado na mesma época, para o show da Madonna, foram registrados 30 afogamentos.
O balanço da prefeitura mostra, também, que a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) removeu cerca de 392 toneladas de resíduos após o show. No último evento de ano novo na praia, foram recolhidos 508 toneladas. A operação mobilizou 26 motobombas e 12 caminhões-pipa, que lavaram a Avenida Atlântica e ruas de acesso ao local antes e após o evento com água de reúso. A operação terminou às 5h da manhã de domingo e teve a participação de 1.630 garis.
A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal apreenderam mais de cinco mil itens de ambulantes, incluindo bebidas, carrinhos de supermercado, churrasqueiras, botijões de gás, facas e 200 quilos de carne estragada. Durante a tarde, a Seop desmobilizou um cercadinho irregular que estava montado em frente ao Copacabana Palace. O espaço foi interditado por não possuir autorização para o evento. Também foram registrados outros 11 cercamentos de barracas e sete loteamentos irregulares de área pública.
Estes números se dão após a divulgação pela Polícia Civil de que um atentado estava sendo planejado para o horário do show. A operação contra uma ameaça de bomba foi realizada sem criar qualquer tipo de alarde e salvou centenas de vidas. Denominada de operação “Fake Monster”, a ação teve como alvo de busca e apreensão nove pessoas em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. De acordo com as investigações, os dois chefes do grupo são um homem do RS e um adolescente do RJ.
O grupo disseminava discurso de ódio na internet e tinha como alvo preferencial crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. O plano era tratado como um desafio de rede social e os envolvidos estavam recrutando participantes, inclusive adolescentes, para realizar os ataques. A ideia era utilizar explosivos caseiros, como coquetel molotov.
O show de Lady Gaga no Rio de Janeiro quebrou recordes, incluindo o de recorde de público – a cantora levou 2,1 milhões de pessoas às areias de Copacabana, consolidando-a na mulher com mais pessoas em um show. O show da cantora teve um impacto não somente cultural, mas também financeiro para a cidade do Rio. Mais de 500 mil turistas desembarcaram na cidade entre os dias 01 e 03 de maio, segundo dados da Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). Além disso, a apresentação irá injetar R$600 milhões na economia carioca, movimentando setores como hotelaria, comércio e transporte.