O Brasil passou a configurar uma nova posição recorde no ranking de desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Divulgado nesta terça-feira (6), o relatório leva em conta os resultados dos índices de desenvolvimento humano (IDH) do ano de 2023 e aponta que o país cresceu cinco posições no ranking, em comparação com 2022, passando para a 84ª colocação.
A posição do país é a maior registrada na série histórica do relatório, que começou em 1990.
Os critérios do ranking
No total, a lista elenca 193 países, e os critérios de ranqueamento são baseados nos resultados do IDH de cada um.
Os números do IDH são medidos considerando questões como expectativa de vida, anos de escolaridade e renda per capita, e podem variar entre 0 e 1; quanto mais próximo de 1, melhor o índice daquele país.
Os resultados de 2023
Na edição de 2023, o topo da lista ficou composto apenas por países europeus. A Islândia aparece em primeiro (0,972), seguida pela Noruega e pela Suíça (0,970, respectivamente), além da Dinamarca (0,962) e da Alemanha (0,959).
Já nas últimas colocações, o Sudão do Sul (0,388) aparece na pior colocação da lista. Além dele, aparecem também a Somália (0,404), a República Centro-Africana (0,414), o Chade (0,416) e o Níger (0,419). Ambos os países possuem um histórico sangrento, fruto da colonização, marcado por conflitos e guerras que duram até hoje.
Mas os dados do relatório do PNUD nos permitem também enxergar os problemas específicos que comprometem o bem-estar da população de cada nação. E, no caso do Brasil, o relatório deixa evidente que, apesar dos avanços, os velhos problemas persistem.
Os novos avanços e os velhos dilemas do Brasil
De acordo com os números do ranking de desenvolvimento humano, a expectativa de vida do brasileiro cresceu e alcançou um novo pico na série histórica. Os resultados apontam que a expectativa média de vida no Brasil saltou de 74,87 anos em 2022 para 75,85 em 2023.
Além da expectativa de vida, a renda bruta per capita do país também avançou, de US$ 17,5 mil para US$ 18 mil na mesma comparação histórica.
Entretanto, o ranking deixa claro que a educação no Brasil ainda é um dilema para a população.
De um ano para o outro, os índices educacionais permaneceram inalterados: a expectativa de anos na escola ficou em 15,49; já os anos de escolaridade continuaram em 8,43.