TENSÃO INTERNACIONAL

Irã promete retaliação após ameaça de ataque de Trump

Declaração do presidente dos EUA sobre bombardeios gera resposta dura de Teerã

 

O governo iraniano afirmou nesta segunda-feira, 31, que responderá com força a qualquer ação militar dos Estados Unidos, após o presidente Donald Trump declarar que pode bombardear o país caso não haja um acordo sobre o programa nuclear iraniano.

O aviso partiu do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que, sem citar diretamente Trump, condenou as ameaças e garantiu que Teerã não ficará sem reação.

A declaração de Trump foi feita durante uma entrevista à NBC no domingo, 30, na qual ele reforçou que, sem um novo pacto nuclear, os EUA não hesitarão em agir militarmente contra o Irã.

As relações entre os dois países vêm se deteriorando desde 2018, quando Trump, em seu primeiro mandato, retirou os Estados Unidos do acordo nuclear firmado em 2015. O pacto previa restrições ao programa nuclear iraniano em troca do alívio de sanções econômicas. Desde então, Washington tem intensificado sanções contra Teerã, enquanto o Irã acusa os EUA de usarem o tema nuclear como pretexto para pressão política.

Países ocidentais há anos acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, algo que o governo iraniano nega, afirmando que seu programa tem fins exclusivamente civis. Enquanto os EUA defendem um novo acordo sob condições mais rígidas, o Irã exige a suspensão das sanções antes de qualquer negociação.

A crescente troca de ameaças levanta preocupações sobre um possível confronto militar na região, especialmente em um momento de instabilidade global. Analistas apontam que um ataque ao Irã poderia desencadear retaliações contra aliados dos EUA no Oriente Médio, aumentando ainda mais as tensões na área.

Sem sinais de um acordo iminente, o cenário segue indefinido. A postura de Trump indica que Washington não pretende recuar, enquanto o Irã reforça sua disposição de resistir a qualquer ofensiva. O desfecho desse embate pode redefinir a geopolítica da região nos próximos meses, colocando o mundo diante de um possível novo conflito de grandes proporções.

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