Guerra na Ucrânia

Exército russo anuncia 'controle total' de Kursk

Moscou afirma ter retomado completamente o controle da região estratégica, enquanto Kiev garante que a resistência continua e Trump critica ataques a civis

 

Neste sábado (26), o chefe do Estado-Maior do Exército russo, Valery Gerasimov, anunciou que as forças russas retomaram totalmente o controle da região de Kursk, que estava parcialmente ocupada pelas tropas ucranianas desde a ofensiva iniciada em agosto de 2024.

Durante uma reunião por videoconferência com o presidente Vladimir Putin, Gerasimov afirmou que "a última cidade no território do oblast de Kursk, a aldeia de Gornal, foi libertada das forças ucranianas". Putin celebrou o feito, afirmando que "a aventura do regime de Kiev fracassou completamente", em declaração transmitida pela televisão estatal.

Gerasimov ainda parabenizou soldados norte-coreanos que lutaram ao lado dos russos, destacando a "coragem e o profissionalismo" das tropas estrangeiras.

Porém, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia contestou a versão russa. Em publicação no Telegram, os militares ucranianos afirmaram que "a operação defensiva das Forças de Defesa Ucranianas nas áreas designadas na região de Kursk continua". Segundo o comunicado, "a situação operacional é difícil, mas nossas unidades continuam mantendo suas posições e executando as tarefas que lhes foram atribuídas", negando que os combates tenham terminado.

Em resposta aos recentes ataques russos contra áreas civis de Kiev, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou a possibilidade de impor novas sanções à Rússia. Em postagem na rede Truth Social, Trump criticou Putin pelos ataques e sugeriu que o líder russo poderia estar prolongando a guerra de forma estratégica.

"Isso me faz pensar que talvez ele não queira parar a guerra, ele está apenas me incentivando e precisa ser tratado de forma diferente, por meio de 'Bancos' ou 'Sanções Secundárias'? Muitas pessoas estão morrendo!!!", escreveu.

 

O conflito entre Rússia e Ucrânia se arrasta desde fevereiro de 2022 e, nos últimos meses, a Rússia tem registrado avanços no campo de batalha. Paralelamente, Trump, que tenta negociar um acordo de paz duradouro, endurece sua postura frente às recentes ações militares russas.

 

 

 

 

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