Internacional

Cresce tensão entre Índia e Paquistão: Ministros do Paquistão acusam Índia de armar ataque nas próximas horas

Conflito entre países asiáticos pode gerar guerra em grande proporção

 

A tensão entre Índia e Paquistão chegou a um estado crítico após um atentado em 22 de abril, que deixou 26 pessoas mortas, entre elas 25 indianos e um nepalês, na cidade de Pahalgam, na região da Caxemira administrada pela Índia. Na ocasião, homens armados abriram fogo na região conhecida pelo turismo. 

Testemunhas que estavam no local afirmaram que os terroristas atiraram a curta distância e que, antes de atirar, ainda acusaram as vítimas e suas famílias de apoiarem o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. 

No dia seguinte ao atentado, 23 de abril, Nova Déli (Índia) responsabilizou Islamabade (Paquistão) pelo ataque e acusou o país vizinho de apoiar os grupos terroristas da região. O governo do Paquistão, por sua vez, negou envolvimento no atentado e pediu por uma investigação justa.

Nesta quarta-feira (30), o Paquistão afirmou que, por meio de "informações de inteligência confiáveis" descobriu que, em resposta ao atentado do dia 22, a Índia irá realizar um ataque militar nas próximas horas.  

"O Paquistão dispõe de informações de inteligência confiáveis segundo as quais a Índia tem a intenção de lançar um bombardeio militar entre as próximas 24 e 36 horas, utilizando o incidente de Pahalgam como pretexto”, anunciou o ministro paquistanês Attaullah Tarar, em comunicado. 

O ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Ishaq Dar, comunicou que o Paquistão está preparado para responder igualmente à Índia caso qualquer ação militar seja realizada.

"Deixo bem claro, em nome do governo e da nação, que o Paquistão não será o primeiro a recorrer a nenhuma medida de escalada. No entanto, no caso de qualquer medida de escalada por parte da Índia, responderemos com muita firmeza", disse Ishaq Dar durante entrevista coletiva em Islamabade.

Ao passo que os dois países vêm demonstrando sua disposição para conflitos diretos, que podem começar a qualquer momento com a possibilidade de uma guerra, e acusando reciprocamente de ter incitado o conflito na Linha de Controle (local de divisa entre os dois países), a Organização das Nações Unidas ONU, apelando que os países moderem nas ações. 

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