Uma onda crescente de ataques a concessionárias da Tesla nos Estados Unidos tem gerado preocupação entre as autoridades, que agora consideram esses episódios como possíveis atos de terrorismo doméstico. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, fez uma declaração contundente nesta terça-feira, 18, após mais um ataque ser registrado em Las Vegas. Ela afirmou que os ataques violentos à empresa de carros elétricos são um exemplo claro de terrorismo e prometeu rigor nas investigações e punições para os responsáveis, inclusive aqueles que financiam ou coordenam os crimes nos bastidores.
Os atentados começaram a ganhar força desde que Elon Musk assumiu um papel proeminente no governo dos Estados Unidos, especificamente no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), o que gerou críticas de ativistas e manifestantes. Protestos, inicialmente pacíficos, escalaram para ações de vandalismo, como incêndios criminosos, disparos de balas e coquetéis molotov em showrooms da Tesla em várias cidades americanas.
Na terça-feira, um novo ataque deixou cinco veículos danificados em Las Vegas, incluindo dois carros completamente destruídos pelas chamas. Imagens aéreas mostram pichações nas paredes da concessionária com a palavra "Resist", enquanto a polícia local investiga o caso. A suspeita é de que a ação tenha sido premeditada, com testemunhas afirmando ter visto um homem incendiando os veículos intencionalmente.
Elon Musk, através de suas redes sociais, compartilhou o vídeo do ataque e criticou veementemente o aumento da violência. O bilionário qualificou o ato de vandalismo como “insano” e “profundamente errado”, destacando que a Tesla é uma empresa que apenas fabrica carros elétricos e não merecia ser alvo dessa violência. Musk ainda sugeriu que uma parte dos ataques poderia ter sido organizada e financiada por grupos de esquerda, mencionando a influência de bilionários progressistas.
O governo dos EUA tem se mostrado atento ao caso. Além dos ataques em Las Vegas, cidades como Seattle, Portland e Charleston também foram palco de episódios de vandalismo. Em Seattle, no dia 14, um Tesla Model S foi incendiado, enquanto em Portland, a polícia local investiga o disparo de balas contra uma loja da Tesla. No Colorado, promotores acusaram uma mulher de realizar uma série de ataques semelhantes, incluindo o uso de coquetéis molotov em carros da Tesla.
As autoridades federais já fizeram prisões relacionadas aos ataques, como no caso de um homem detido na Carolina do Sul, suspeito de atear fogo em estações de carregamento da Tesla. O FBI segue investigando os episódios e afirma que há uma agenda política por trás desses atos violentos, que afetam diretamente a imagem da Tesla e de seu CEO, Elon Musk.
Esses ataques fazem parte de uma crescente tensão política nos Estados Unidos, alimentada por descontentamento com as políticas de Musk e o impacto de suas ações no governo de Trump, especialmente no que diz respeito a cortes no orçamento federal e programas humanitários. O futuro da Tesla e de seus showrooms pode depender da eficácia das investigações em curso, que tentam identificar todos os envolvidos nesse crescente fenômeno de vandalismo.