Fórmula 1

Relembre 3 das maiores polêmicas de Flavio Briatore na Fórmula 1

O italiano volta como chefe interino de equipe na Alpino, 16 anos após o escândalo em Singapura

 

Flavio Briatore é um dos principais personagens da Formula 1 entre as décadas de 90 e 2000 tendo construído uma carreira meteórica liderando a Benetton e a Renault. Mas o empresário italiano já foi banido da Fórmula 1 por trapaça e tem uma carreira considerada polêmica até mesmo fora das pistas. Briatore sempre foi conhecido por sua gestão dura e conflituosa com os pilotos, protegendo uns e pressionando publicamente outros, atitude que ele já colocou em prática na Alpine ao trocar Jack Doohan por Franco Colapinto. O australiano segue na equipe e será reavaliado quem realmente fica com a vaga após cinco corridas (Ímola, Mônaco, Espanha, Canadá e Áustria).Com a volta do chefe implacável, nós separamos as três principais controvérsias da carreira dele pra você.

Schumacher e a Benetton, 1994

No GP da Bélgica de 1991, Schumacher era estreante e surpreendeu a todos se classificando em sétimo lugar no grid de largada. Isso chamou a atenção de Briatore, que procurava um jovem talento para colocar a Benetton no pelotão de frente da F1.Mas tinha um problema: Schumacher estava na Jordan e a Benetton comprometida contratualmente com Roberto Moreno. O chefão não pensou duas vezes e demitiu Moreno, anunciando que Schumacher entraria em seu lugar já na corrida seguinte, em Monza. Tanto a Jordan quanto Moreno entraram com processos por conta do anúncio, mas não deu em nada e a Benetton foi campeã mundial duas vezes liderada pelo novo integrante que, mais tarde, se tornaria heptacampeão da F1.

Mas com Briatore no comando , a Benetton continuou colecionando polêmicas. Ao longo da temporada de 94, primeira que a escuderia realmente lutava pelo título, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo),precisou investigar uma denúncia de rivais da Benetton que afirmavam que o time fazia uso de dispositivos eletrônicos ilegais, especialmente controle de tração e controle de largada. A FIA também desconfiava da equipe, mas depois de investigar a fundo o carro, não conseguiu provar a infração e não houve punição. Ayrton Senna ,que faleceu em Ímola naquele ano, era um dos pilotos que mais desconfiava da legalidade do carro de Schumacher.

O ‘’jeitinho’’ de Briatore para conseguir os motores Renault

Até 94, a Benetton usava os motores da Ford, mas o chefe da equipe queria os motores da Renault, que eram usados pela Williams, maior rival deles naquele momento. Como Briatore não conseguiu os motores pelas negociações convencionais e,  porque a Renault era fiel à Williams, ele comprou a Ligier e transferiu o contrato da Renault para a Benetton. A compra da fabricante francesa de automóveis deu certo e, com os motores Renault, a Benetton conquistou mais um título de pilotos com Schumacher e o seu primeiro Mundial de Construtores.

Singapuragate

O ponto mais baixo da carreira de Briatore veio em 2008, no GP de Singapura, num dos maiores escândalos que a F1 já viu .Como coadjuvante da temporada com a Renault, Briatore e seu braço direito, Pat Symonds, orientaram Nelsinho Piquet a bater de propósito para provocar a entrada do safety car e, assim , favorecer Fernando Alonso, que venceu a corrida .A ‘’ajudinha’’ ao seu colega de equipe foi entregue pelo próprio Nelsinho Piquet, um ano depois, quando ele foi demitido. Briatore foi banido da F1, mas sua punição foi atenuada e ele recebeu uma punição de cinco anos.

O GP de Ímola acontece dia 18 de maio, às 10:00 com transmissão ao vivo pela Band na tv aberta, Bandsports na tv fechada e pela F1 TV.

Compartilhar

Tags