Disputa política

Leila Pereira acusa FPF de retaliação após interdição da Arena Barueri

Presidente do Palmeiras diz que decisão da Federação Paulista foi motivada por divergência política e apoio à candidatura de Samir Xaud para a CBF

 

Durante a partida entre Palmeiras e Ceará, pela Copa do Brasil, realizada nesta quinta-feira no Allianz Parque, Leila Pereira se posicionou sobre a recente interdição da Arena Barueri. Para a presidente do clube alviverde, a decisão da Federação Paulista de Futebol (FPF) foi motivada por represália política. Segundo ela, o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, teria agido por não ter recebido o apoio do Palmeiras na eleição da CBF.

Leila afirmou que investiu aproximadamente R$ 70 milhões na reforma da Arena Barueri. O local recebeu recentemente jogos de alto nível, como clássicos contra São Paulo e Corinthians, o que, segundo ela, comprova a segurança e as boas condições do estádio. Mesmo assim, a FPF determinou que o local não pode mais receber partidas de suas competições. “Depois que não apoiei o candidato da Federação, o estádio foi interditado. Para mim, isso não é coincidência”, disse em entrevista à Amazon Prime.

Divergência nas eleições da CBF

A dirigente reiterou seu apoio a Samir Xaud, candidato à presidência da CBF, cuja eleição está marcada para este domingo. O apoio, segundo Leila, tem relação direta com as pautas defendidas pelo Palmeiras. Entre elas, estão a reformulação do calendário nacional, a diminuição dos campeonatos estaduais e a profissionalização da arbitragem.

Mesmo com pautas semelhantes às da LFU e da Libra, o clube optou por não assinar o manifesto promovido pelas ligas. Para Leila, esse gesto não representa um recuo, mas uma estratégia de prudência. “Não é porque não assinei que não defendo. É porque acho que não é o momento. Agora é hora de união para fortalecer a candidatura do Samir”, explicou.

Justificativas da FPF e impasse com a Arena

A Arena Barueri havia solicitado autorização para realizar jogos sem público durante as reformas de estrutura, como a modernização das lanchonetes e a pintura do piso. A FPF, por sua vez, se baseou no Artigo 8º do Regulamento Geral de Competições, que proíbe partidas sem público em torneios organizados pela entidade.

No entanto, o mesmo estádio sediou recentemente jogos como o duelo contra a Ferroviária pelo Paulista Feminino, também sem torcida. Para a FPF, houve descumprimento das regras, e o clube pode ser punido.

Apesar disso, um plano de ação foi apresentado na quarta-feira, visando a liberação parcial da Arena. O cenário ainda é incerto, mas a polêmica reforça as tensões entre clubes e federações.

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