O fim da parceria entre os irmãos Emicida e Evandro Fióti trouxe à tona um conflito judicial que envolve suspeitas de desvio financeiro milionário. O rompimento, anunciado recentemente, marca o encerramento de uma trajetória empresarial e artística conjunta que durou mais de uma década.
A crise começou em novembro de 2024, quando Emicida solicitou a retirada de Fióti do quadro societário da Lab Fantasma, empresa fundada por ambos. O acordo de desligamento foi assinado no mês seguinte, mas a disputa ganhou um novo capítulo quando Fióti entrou na Justiça alegando descumprimento dos termos.
Nessa terça-feira, 1º, a situação se agravou com a revelação de que Emicida acusa o ex-sócio de movimentações financeiras suspeitas que somam mais de R$ 6 milhões. Segundo informações divulgadas, as transferências teriam ocorrido entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, sendo R$ 4 milhões retirados da conta corporativa ao longo do ano passado e outros R$ 2 milhões transferidos no início deste ano.
Diante disso, o rapper revogou a procuração que permitia a Fióti acessar as contas bancárias da empresa. A defesa do ex-empresário nega qualquer irregularidade e argumenta que os valores recebidos por ele fazem parte da distribuição de lucros da Lab Fantasma.
Além de atuar na produção musical, a empresa é responsável pela carreira de artistas como Rael e Drik Barbosa. Agora, Fióti busca impedir que Emicida tome decisões de forma unilateral sobre a companhia.
O rompimento foi oficializado por Emicida em um comunicado publicado no último sábado, 29, informando que Fióti não representa mais seus interesses artísticos. O ex-empresário, por sua vez, anunciou o início de um novo ciclo profissional. Enquanto a disputa segue na Justiça, o futuro da Lab Fantasma permanece indefinido.