Turma da mônica

Quando a Magali Disse 'Não, Obrigada' para um Lanche: O novo arco da Turma da Monica Jovem

Por trás da personagem mais comilona da turminha, na verdade existe uma explicação psicanalítica: a compulsão por comida

 

Estreando o rebranding inédito da MSP estúdios, o volume 197 da franquia de Turma da Monica Jovem entrelaça o passado da Magali com a Hq n° 368 entitulada 'Reencarnação' das edições clássicas de turma da Mônica. A nova saga, batizada como "Labirinto do amor" traz de volta uma paquera de infância de Magali, que, na verdade, já foi introduzida como sua alma gêmea.

Na trama clássica, Magali faz uma viagem para a praia e acaba encontrando um garoto que se torna sua companhia até o final da historinha. Entre cantorias no karaokê, partidas no fliperama e brincadeiras na areia, Maurício cria uma narrativa de conto de fadas em cima da viagem das crianças e explora com detalhes o território das almas gêmeas.


Reprodução / Internet 


Desde muito nova, Magali manteve um relacionamento sério com Joaquim Bragança de Oliveira Filho, o Quinzinho. Embora a infância do casal tenha sido marcada por momentos doces e afetuosos, leitores notaram instabilidade na relação ao longo das edições de Turma da Mônica Jovem. Essa mudança acontece por episódios recorrentes de ciúmes possessivo, inseguranças por parte de Quinzinho e, até mesmo uma crise, gerada quando Quim conhece Maya — uma jovem por quem se apaixona ao iniciar um curso preparatório para se tornar sushiman, colocando em dúvida seus sentimentos por Magali, na edição 11. 

E por falar em apetite, na edição clássica em que Magali conhece sua alma gêmea, é revelado que sua comilança não se deve apenas a um 'metabolismo acelerado', mas também a um comportamento compulsivo. Turma da Mônica Jovem aprofunda a compreensão dos traços marcantes dos personagens na infância, oferecendo explicações mais complexas e emocionalmente estudadas.

 

Mônica, por exemplo, passa a reconhecer que suas explosões de raiva contra Cebolinha não eram saudáveis; o “mito” de que Cascão não toma banho é ressignificado como, na verdade, uma representação típica de muitas crianças rejeitarem a rotina do banho na infância; já Magali ganha uma camada ainda mais profunda: Sua compulsão alimentar é retratada como um reflexo de uma vida passada, na qual uma princesa perdeu seu grande amor e, desde então, vive aprisionada em um ciclo de reencarnações ligadas à Magali, repetindo padrões ligados à perda e ao vazio emocional de seu amado.

Mas agora, com 'Lipe' de volta, a saga promete um desfecho para esse relacionamento dos dois. E você, leitor? Acha que almas gêmeas estão destinadas a ficar juntas ou acredita que um amor de infância deve ser lapidado e reconstruído outra vez?

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