Após quase quatro décadas moldando o gosto, o olhar e as tendências da indústria da moda global, Anna Wintour deixará o cargo de editora-chefe da Vogue. Com seu memorável corte chanel e óculos escuros, Wintour se tornou sinônimo da publicação, sendo um dos nomes mais poderosos do universo fashion. Sua saída representa não apenas uma transição editorial, mas o encerramento de uma era que redefiniu o papel da revista no cenário cultural contemporâneo.
Anna Wintour iniciou seu reinado na revista em 1988, conquistando o sucesso após a saída de Grace Mirabella. A primeira capa de Wintour em novembro de 1988, fez história, na ocasião a capa estampava algo inédito, uma modelo usando jeans, algo que nunca tinha aparecido na capa. Vestindo a calça jeans, estava a modelo israelense Michaela Bercu (Drácula de Bram Stoker).
Além de editora chefe, Wintour ocupa mais outros dois cargos: diretora artística da Condé Nast, desde 2013, consultora global de conteúdo, desde 2019.
A decisão representa o fim de uma era, embora Wintour continue como diretora editorial da Vogue e responsável pelo conteúdo das revistas Glamour, Vanity Fair, The New Yorker, GQ, Wired, Architectural Digest, Condé Nast Traveler, e Bon Appétit pela empresa global de mídia, Condé Nast, esse momento mostra uma Anna Wintour deixando seu legado, que inspirou produções no cinema, como o famoso “O Diabo Veste Prada”, onde Anna é Miranda, interpretada por Meryl Streep.
Além de seu legado no mundo do jornalismo de moda, Anna Wintour é a responsável pelo Met Gala, evento anual que acontece em toda primeira segunda-feira de maio visando a arrecadação de fundos para o Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, em Nova York. O evento marca a abertura da exposição anual de moda, sendo considerado um dos eventos de moda mais importantes e glamourosos do mundo.
O nome da sucessora ou sucessor de Wintour ainda não foi divulgado pela revista, mas seja quem for, terá como antecessora aquela que revolucionou o jornalismo de moda.