Na última quinta-feira (29), o cantor de funk MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto Silva, foi pego desprevinido em sua residência no Rio de Janeiro e preso por apologia ao crime e suposto envolvimento com o Comando Vermelho (CV). Isso gerou uma grande repercurssão não só pelo suposto crime investigado, mas pela forma que as autoridades conduziram e foi divulgada a situação. Para muitos, trata-se de mais um exemplo de perseguição disfarçada, revelando um preconceito que segue operando de forma institucionalizada
Nesta segunda-feira (2), a justiça garantiu a liberdade do artista. Além disso, o desembargador do caso, Peterson Barroso, criticou o espetáculo midiático diante da prisão do MC.
O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico, além de outros tipos penais em prejuízo das pessoas e da sociedade.
Escreveu o Desembargador.
Agora, ele deverá cumprir seis medidas cautelares, de acordo com decisão do desembargador:
- Comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades;
- Não se ausentar da Comarca enquanto perdurar a análise do mérito deste habeas corpus;
- Permanecer à disposição da Justiça informando telefone para contato imediato caso seja necessário;
- Proibição de mudar-se de endereço sem comunicar ao Juízo;
- Proibição de comunicar-se com pessoas investigadas pelos fatos envolvidos neste inquérito, testemunhas, bem como pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho;
- Obrigação de entregar o passaporte à Secretaria do Juízo originário, caso o possua, no prazo de 5 (cinco) dias, a partir da notificação desta decisão